Não devia ser tão difícil dizer adeus, afinal, não se tem escolha.
Se tem escolha, não é adeus coisa nenhuma.
Adeus dura pra sempre.
Sempre é uma palavra que apequena a vida,
é um até amanhã que se repete,
por cem anos ou um simplesmente não volta do almoço.
é um até amanhã que se repete,
por cem anos ou um simplesmente não volta do almoço.
Ele dura.
Perdura.
Se arrasta.
Se alastra.
E de repente, dissemos.
Adeus é o que todas aquelas pessoas da escola,
nunca disseram pra gente,
mas tampouco as vimos outra vez.
nunca disseram pra gente,
mas tampouco as vimos outra vez.
Adeus é outro eu,
feito de retalhos que costurei em mim,
para que eu não partisse em dois.
feito de retalhos que costurei em mim,
para que eu não partisse em dois.
Um grande paradoxo.
Ou uma bela asneira.
Ou uma bela asneira.
É birra.
É fraqueza.
A tristeza esvaziando tua cara em uma goteira.
Somos nós esperando um encontro,
um algo a mais,
um aviso,
um olá.
um algo a mais,
um aviso,
um olá.
Amar, contar e descontar mas nunca ser a história,
posto que se passou outrora.
posto que se passou outrora.
Adeus é o ápice daquela hora desesperada,
onde pedimos ao inalcançável,
que tome conta do inacessível.
onde pedimos ao inalcançável,
que tome conta do inacessível.
Adeus é o grande talvez,
que eu saí de casa a procurar,
é voltei com o bolso cheio de porquês.
que eu saí de casa a procurar,
é voltei com o bolso cheio de porquês.