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sábado, 29 de novembro de 2014

Quimeras

Não devia ser tão difícil dizer adeus, afinal, não se tem escolha.
Se tem escolha, não é adeus coisa nenhuma.
Adeus dura pra sempre.
Sempre é uma palavra que apequena a vida, 
é um até amanhã que se repete, 
por cem anos ou um simplesmente não volta do almoço.
Ele dura.
Perdura.
Se arrasta. 
Se alastra.
E de repente, dissemos.
Adeus é o que todas aquelas pessoas da escola, 
nunca disseram pra gente, 
mas tampouco as vimos outra vez.
Adeus é outro eu, 
feito de retalhos que costurei em mim, 
para que eu não partisse em dois.
Um grande paradoxo.
Ou uma bela asneira.
É birra.
É fraqueza.
A tristeza esvaziando tua cara em uma goteira.
Somos nós esperando um encontro, 
um algo a mais, 
um aviso, 
um olá.
Amar, contar e descontar mas nunca ser a história, 
posto que se passou outrora.
Adeus é o ápice daquela hora desesperada, 
onde pedimos ao inalcançável, 
que tome conta do inacessível.
Adeus é o grande talvez, 
que eu saí de casa a procurar, 
é voltei com o bolso cheio de porquês.


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Convenhamos



Ai, essa minha beleza...  

não está nos traços físicos, 
Definitivamente não,
Minha beleza se encontra, 

Nos passos desajeitados,
Na voz fanha,
Na escrita errada,
No sorriso simpático,
No choro escondido.

Minha beleza está, onde ninguém consegue enxergar...

...está na diferença de ser.


Sentindo

Parece...
Todas essas palavras, não poderiam ser mais... 
Como eu cheguei aqui ?
O que eu fiz ?
Seus olhos me falando mentiras, me fazendo encontrar eu mesma...
Uma vida para perseguir.
Eu me vejo as cegas para tudo. 
Meus olhos para onde foram ?
Por que desapareceram ?
É difícil ser toda sozinha, eu nunca fui seu completo disfarçe.
Então por favor, me faça ser livre de você... 
Ou me coloque em seu mundo apenas por mais uma noite...
...escolha-me outra vez.