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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Acordar

Perco a noção do tempo...

Dali se desenha minha realidade, ali se rege a sonoridade, todo ruído externo é distorcido, esticado, remoldurado unicamente, para caber em seus contornos.
Qualquer coisa que não te reflita,  simplesmente não existe.
Drogada é imersa, talvez essa seja a  única coisa vinda, do que já chamei de realidade...


Sua voz rouca.

Bla Bla Bla...

Eu passaria a eternidade ao seu lado, eu beijaria sua boca infinitamente sem perder o desejo, eu abriria mão do mundo, se você ao me olhar, me dissesse que me ama assim como eu te amo. 
Sua indecisão me mastiga e tua insegurança me excita, me faz a cada dia te alcançar mais um palmo abaixo da pele, mais perto do seu coração. 
Aceito ser tudo em sua vida, mas não aceito ser comida pro teu passado, ou só mais um nome a ser lembrado em histórias de um fim de semana qualquer.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Inconstância particular


O álcool me faz fantasiar, desfrutar dessa vida, que me faz desanimar.
Me alegro num paralelo, me encontro, é me vejo, visitando inconstâncias no ar, meu ar particular. 

Que eu viva, num mundo particular...

Sempre!

Ausência

Entre esses goles de café,
E tantas portas entre abertas, eu sinto...
Frio de inverno, as chuvas de Finados, Cobertores e um perfume,
Pensamentos, sentimentos...
Um motivo a mais, para um interurbano inesperado, mesmo estando com a voz fraca, com falta de rima nesse poema, ainda há tempo pra se viver, ou simplesmente, conviver...
—Saudade...

sábado, 16 de agosto de 2014

Morada

É a porta, sempre estará aberta, se quiser sair.
Mas também tem aquele velho sofazinho , se decidir ficar. 
Tem dois lados da cama, para gente dividir, é aquele violão de canto, pra te encantar. 
Da varanda ver a lua aparecer, é uma rede pra gente se deitar, é amor pra se dar até amanhecer.
 Seja livre pra tomar a sua decisão, se vem viver aqui, ou continua só. 
Por mais que venha, me dizer que não, eu sei que sabes, que  juntinho é bem melhor. 
A casa é sua, porque não chega agora?

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

[...]

Toda noite, é sempre a mesma mágoa, sempre o mesmo maldito tédio, as mesmas angustias, indo é vindo atras de mim, toda está tormenta infinda, sem remédio, que vontade doida de gritar!!!
Sempre soube que meu mundo não é como o dos outros, não vivo sozinha apenas porquê gosto, mas sim porque aprendi a ser...

Paradoxo

Lógica insana de tentar engolir cortando, engolir por inteiro.
Senta, canta, e assisto-te, não há parede de bloqueio nas minhas veias, não há.
Sinto o teu ar me furar todo o corpo, desejando que me reduza a cada gota de tuas costas, e ejacule flora da tua boca aos meus ouvidos, pois quando o sangue é sentido, o toque ensina a cortar a razão pela raiz.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Quem me dera

Quem me dera, poder gritar em silêncio, para que todos pudessem ouvir minha voz.
Quem me dera, embriagar-me de verdades, em um mundo ditado pelas mentiras.
Quem me dera, ser suficientemente lúcido, a ponto de largar tudo, é desfrutar de minha loucura.
Quem me dera, vestir meus pensamentos, em vez de cobrir-me com sonhos é incertezas. 
Quem me dera, parar, viver é sentir o agora, sem cobiçar o amanhã.
Quem me dera, aventurar-me nesses campos, desafiando a probabilidade,
sem ter medo das consequências, dos adjetivos, dos rótulos. 
Apenas movimentos livres e soltos.
O presente virou passado, enquanto me espero no amanhã que nunca vai chegar.
Limito-me a caminhar, por que não tenho asas, mas quem me dera.